quinta-feira, 19 de julho de 2018

O SUBSTITUTO



Parte 1
ELE SE FEZ HOMEM

É aqui que tudo começa. Este é o princípio da Redenção de tudo e todos. É a suprema revelação do caráter de Deus, a personificação de todo o plano e vontade divina ao longo de todas as eras: Deus se fez homem.

Tudo havia se desvinculado da autoridade de Deus e entrado no estado de decadência que bem conhecemos, mas este ato divino promoveu uma verdadeira “convergência universal”.

Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.

(Efésios 1:9-10)

Sim, tudo tem sua origem em Cristo, e Sua vinda visou congregar tudo de volta a Ele. Eu disse tudo! Toda a criação e criaturas, o animado e o inanimado, o visível e o invisível, o terreno e o espacial, tudo!

Lembre-se, o Cristo é pré-existente e eterno (João 8:58), Ele é a Palavra, o “Logos” declarado pelo filósofo Heráclito de Éfeso. As limitações de nossa mente “danificada” pelo Pecado não nos permitem compreender o conceito de eternidade, mas não houve um momento em que Cristo não existisse, Ele é Eterno!
Há um só Deus, existente em três Pessoas distintas: Deus O Pai, Deus O Filho e Deus O Espírito Santo (Gn 1:26; 11:7; Is 6:8; 48:16; 61:1; Mt 3:16; Mt 28:19; 2 Co 13:13). Como parte da Santíssima Trindade, O Filho existia na eternidade passada como “A Palavra”.

Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.

(1 João 5:7)

Então pense agora no choque causado pela declaração do apóstolo João de que o “Verbo” de Heráclito se humanizou. Sim, A Palavra se tornou “O Filho” (Is 9:6; Hb 1:6)

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

(João 1:14)

Deus jamais “criou” diretamente os 6,5 bilhões de habitantes da Terra, Ele introduziu apenas dois filhos na Terra: O PRIMEIRO ADÃO (Lc 3:38) e O ÚLTIMO ADÃO, JESUS CRISTO (Hb 1:6; 1 Co 15:45). Um foi criado (Gn 1:27) e o outro foi gerado (Hb 1:5; 5:5).
Cada “espécime” deu origem a uma espécie de ser humano. O primeiro e o Último Adão foram protótipos, como em uma linha de produção; o primeiro protótipo, Adão, se auto destruiu pelo Pecado (Gn 3:1-7), dando origem a uma espécie defeituosa e perversa que destruiu a criação; o Último Protótipo, Jesus Cristo, nos redimiu e através do novo nascimento (Jo 3:1-3) nos fez a nova e gloriosa espécie que Deus idealizou (2 Co 5:17; 2 Pe 1:4; 1 Jo 4:17).

Como já dissemos, Deus introduziu dois filhos na Terra. O primeiro, perdeu seu direito de ser chamado filho de Deus, e assim, sua espécie não podia chamar o Deus Criador de Pai. Por isso, o Segundo Filho foi enviado como “Unigênito”.

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

(João 1:11-14)

Veja, a rejeição dos judeus abriu a porta para nós. E a todos os que recebem Jesus na qualidade de Filho Divino, têm restituída sua posição de filho de Deus, mas este receber não se trata de um assentimento intelectual, mas de uma experiência espiritual de nascer de Deus.

Jesus veio na qualidade de FILHO UNIGÊNITO DO PAI (Jo 1:14), mas sua missão ao se fazer homem era “aumentar a família”, restaurando o homem à família de Deus, e se tornando o PRIMOGÊNITO ENTRE MUITOS IRMÃOS.

Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

(Romanos 8:29)

O Verbo se fez carne. ELE SE FEZ HOMEM. Aleluia!
Ele se fez homem para sermos como Ele.
Ele se fez homem para nos fazer filhos de Deus.
Ele se fez homem para ser nosso irmão mais velho.
Ele se fez homem para resgatar a criação.
Ele se fez homem para restaurar nossa natureza.

Aqui começa a obra substitutiva do Cristo Jesus.
Ele se fez homem para se identificar plenamente conosco e ser nosso Substituto Legal, assumindo toda nossa condição decadente para que você assumisse Nele sua condição divina (Sl 82:6; Jo 10:33-35)
Jesus Cristo é O SUBSTITITO. Mas Substituto em que?




         






quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

RENOVAÇÃO SEM DISSIDÊNCIA


Ao longo da história do cristianismo, se levantaram muitos movimentos de renovação promovidos por Deus para revitalizar e reposicionar Sua Igreja.
Em todos estes movimentos o ideal comum era o retorno ao modelo primitivo e bíblico de Igreja com ênfase na simplicidade e na santidade.

Esses movimentos de renovação nasceram dentro de ramos históricos do cristianismo cujo formalismo e as heresias tomaram o lugar da glória de Deus e da sã doutrina. Eles surgiram no seio de poderosas instituições como: A Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja anglicana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Batista, a Igreja Congregacional, a Igreja Luterana, a Igreja Metodista, dentre outras.

Uma marca essencial desses moveres é que nunca nasceram de um ideal dissidente ou separatista. Nenhum de seus líderes planejou dividir a Igreja, rachar a instituição, ou se desligar. Na verdade, todos eles aspiravam renovar suas amadas igrejas através do retorno aos fundamentos bíblicos.

Proponho este texto como forma de denunciar e/ou inibir essa onda de dissidência que tem alastrado pequenos ajuntamentos equivocadamente chamados de “igrejas”. Ajuntamentos estes, motivados por sentimentos mesquinhos como rebelião, vaidade, vanglória, auto suficiência, avareza...
E essa horda de novos “líderes evangélicos” têm conduzido multidões com sua teologia decadente e suas promessas materialistas.

O fenômeno denominacional teve sua origem a partir da Reforma Protestante, quando os novos grupos da cristandade não podiam mais estar sob o báculo das heresias católicas romanas, especialmente as indulgências.
Na verdade, o problema não foi o florescer de novas denominações, pois boa parte delas surgiu de uma óbvia necessidade de restauração e à partir de uma genuína visão celestial.

Não há dúvidas de que grandes movimentos renovação que geraram grandes denominações centenárias, hoje também carecem de renovação.
Assim são os homens, eles sempre se perdem!

Será que precisamos de mais denominações ou novos movimentos de renovação dentro delas?

Você sabia que Martinho Lutero nunca se desligou da Igreja Católica? Sim, ele foi excomungado! Lutero pretendia que suas teses fossem uma renovação dentro de sua amada Igreja Católica. Aliás, Lutero nunca “fundou um ministério”; foram seus seguidores que após sua morte iniciaram a Luterana.

Você sabia que John Wesley nunca se desligou da Igreja Anglicana? Sim, ele morreu anglicano. Wesley pretendia que o metodismo fosse um movimento de renovação dentro da Igreja Anglicana. Foi seu irmão juntamente com o conselho do movimento que, após sua morte estabeleceram a Igreja Metodista.

Jonathan Ewards jamais saiu da Igreja Congregacional, aliás, ele foi pastor da mesma igreja Congregacional por vinte e três anos e depois foi demitido por seus ideais de avivamento. O maior pregador e avivalista que a América já conheceu não abriu uma nova igreja.

Não estou dizendo que Deus não dará visões a homens para a abertura de novas denominações, mas assevero que qualquer um que esteja disposto a empreender este esforço, deve se certificar de suas motivações interiores, e sobre tudo, de uma clara visão de Deus.

Hoje vemos grandes denominações centenárias, mesmo pentecostais, precisando de renovação.
Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular, do Evangelho Pleno, Igreja Elim, Igreja de Deus em Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor...
Você cujo coração tem fervido com o divino clamor do avivamento.
Você que tem se condoído com a apostasia ou frieza de sua amada denominação.
Mantenha se coração sereno e cale as vozes ao seu redor; Deus quer falar com você. Você pode ser o instrumento de Deus para iniciar a renovação em sua Igreja. Mas faça isso em amor e compaixão, com moderação e submissão.
Pregue, ensine e exorte, com paciência e sem um espírito dissidente.
E aguarde de Deus a direção para o próximo passo!

Deus está renovando sua Igreja na Terra, e muitas denominações estão na agenda de Deus para um grande avivamento.
Deus renovará velhos odres e derramará vinho novo!
NÃO DIVIDA, AJUNTE!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

“QUATRO RESPONSABILIDADES DE UM PASTOR” (Hebreus 13:7, 17)



1-    SER UM MODELO DE VIDA
...atentando para sua maneira de viver...” (v. 7 c)

2-    SER UM EXEMPLO DE FÉ
...a fé dos quais imitai...” (v. 7 b)

3-    PREGAR A PALAVRA
...que vos falam a palavra de Deus...” (v. 7 a)

4-    APASCENTAR ALMAS
...porque velam por vossa alma...” (v. 17 b)

Duas Responsabilidades das Ovelhas:


1-     LEMBRAR DO PASTOR
Lembrai-vos dos vossos pastores...” (v. 7 a)
1-1           Lembrar o que ele ensina
1-2           Lembrar de seu sustento (I Co 9:6-14; I Tm 5:17)
1-3           Lembrar que ele não é “superman”

2-     OBEDECER AO PASTOR
Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles...” (v. 17 a)
2-1           Princípios de hierarquia
2-2           Repreensão de baixo para cima é rebeldia
2-2.1    Jesus ensina a obedecer aos escribas e fariseus (Mt 23:2,3)
2-2.2    Paulo submeteu-se ao sumo sacerdote mau (At 23:1-5)
2-2.3    Miguel respeitou a antiga hierarquia de Satanás (Jd 9

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

PIEDADE E AUTO AFIRMAÇÃO (Por Enéas Ribeiro)


TEXTO ÁUREO

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
(Filipenses 2:3)

VERDADE APLICADA

A verdadeira piedade não combina com a autoafirmação. O altruísmo é a marca do verdadeiro cristão.

ESCRITURA BASE

E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.” (Lucas 10:25-37).

INTRODUÇÃO

A característica essencial da verdadeira piedade é a humildade. É uma das nove qualidades do fruto do Espírito (Gl 5:22). É o maior legado espiritual deixado por Jesus Cristo aos seus seguidores (Mt 11:29).
Humildade não combina com autoafirmação. E neste século tão competitivo e egocêntrico, jamais o ser humano se auto afirmou com tanto ímpeto, seja em sua natureza (antropocentrismo), ou como indivíduo (egocentrismo).
A parábola do Bom samaritano traduz o coração e a vontade de Deus quanto a piedade altruísta. O altruísmo por definição é o antônimo do egoísmo. É a qualidade de se importar sinceramente com o próximo acima de si próprio.
Cristãos verdadeiramente piedosos são profundamente humildes, e nesta lição, trataremos da verdadeira natureza deste fruto do Espírito.

1.     A MOTIVAÇÃO ALTRUÍSTA

O que motiva nossas boas obras? Devemos responder essa pergunta para nós mesmos, pois sua resposta revelará nosso coração. O genuíno cristianismo implica no cuidado do próximo mesmo em detrimento de si mesmo, ou seja, para o cristão de verdade, nada diz respeito a si mesmo, mas sim ao bem estar do próximo.
A piedade é revelada por uma atitude sacrificial de amor. Conhecemos o amor nisto: que ele [Jesus] deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (1 João 3:16).
Os relacionamentos só são sólidos e saudáveis quando há mútua renúncia e doação.
Esta piedade altruísta é o sustentáculo do casamento. Não se casa para ser feliz, se casa para fazer feliz. Em qualquer relacionamento piedoso, nosso anelo deve ser o de fazer as pessoas felizes sem esperar reciprocidade. No âmbito natural e no conceito deste mundo, parece injusto, mas a verdadeira justiça está nos princípios do Reino de Deus, e nossa real recompensa está Nele.
Esta piedade deve nortear todos os níveis de relacionamento: marido e mulher, pais e filhos, discípulos e mentores, patrões e empregados, amigos...
Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” (Filipenses 2:4).

2.     FAZENDO PARA A PESSOA CERTA

A piedade verdadeiramente altruísta, não somente faz pelo próximo como também, faz em primazia para a Pessoa certa: DEUS. A única maneira de não nos frustrarmos pela falta de reciprocidade do próximo é esperar somente em Deus, fazendo tudo Nele, por Ele e para Ele. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31).
Neste século marcado por um espírito tão patente de rebelião e insubordinação, a Palavra de Deus nos confronta à obediência às autoridades, como ao próprio Cristo: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo.” (Efésios 6:5). Se trabalhamos somente por aumentos e promoções jamais experimentaremos a excelência. Se nossa dedicação está condicionada ao reconhecimento humano, jamais veremos a promoção e o favor de Deus. “Viste o homem diligente [dedicado] na sua obra [no seu trabalho]? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.” (Provérbios 22:29).
Cristãos piedosos honram líderes e autoridade constituídas (Rm 13: 1-2; Cl 3:22; 1 Tm 6:1-2; Tt 2:9)
Os senhores também devem nutrir um sentimento de serviço aos seus servos (Ef 6:9; Cl 4:1).
A questão do piedoso altruísmo cristão não somente o que fazemos, mas para quem fazemos. E Deus deve ser o alvo de nossa devoção, trabalho e dedicação em tudo.

3.     QUATRO ORIGENS DA INIQUIDADE

Parece paradoxal declarar que o mal nasceu no ambiente do bem. Mas na verdade, aquilo que conhecemos como Pecado, não teve sua origem na Terra, mas sim, no Céu. Foi no coração de um Querubim (anjo) de alta patente celestial que brotou o primeiro pecado: ORGULHO. E Palavra de Deus numa alegoria profética do profeta Ezequiel, nos revela as quatro origens da Iniquidade em Lúcifer (Ez 28:11-17).
O interessante é que as coisas que geram o pecado não são pecado, e são: (1) Sabedoria; (2) Beleza; (3) Posição; e (4) riqueza.
(1)  SABEDORIA. ...Tu és o aferidor de medida, cheio de sabedoria...” (v. 12b)
Sabedoria; esta maravilhosa dádiva de Deus, que deveria ser uma coroa de honra para benefício do próximo, muitas vezes se torna, no coração de alguns, a raiz da iniquidade. Mesmo Salomão se viu envaidecido e embriagado por tudo o que a sabedoria o fez alcançar. Existem dois tipos de sabedoria, a sabedoria de Deus que é dada, e sabedoria da natural que é adquirida, e esta última é a que pode corromper. Lúcifer possuía a sabedoria divina, porém se estribou na própria sabedoria (Pv 3:5).

(2) BELEZA. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor...” (v. 17a)
Apesar do conceito grego hedônico de beleza, cada grupo étnico possui um padrão de beleza peculiar. A beleza não é pecado, mas o moderno culto à estética e ao “belo” tem desviado cada vez mais a nossa sociedade da piedade. Essa atitude narcisista está presente em todos os seguimentos sociais, até mesmo no religioso (Pv 7:10; 1 Tm 2:9). É interessante ressaltar que ao encarnar, o Cristo não primou por este padrão grego de estética, frustrando o messianismo como objeto de desejo, pois, “não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.” (Isaías 53:2).
Lúcifer possuía tal beleza, e a mesma o corrompeu.

(3) POSIÇÃO. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo estavas...” (v. 14)
As guerras e conflitos da atualidade e a desleal competitividade profissional tem um alvo comum: POSIÇÃO. O ser humano seduzido por sua própria vaidade busca se promover em detrimento da integridade alheia, e isto no âmbito profissional, acadêmico, artístico, desportivo, e até religioso.
Como supremo modelo da piedade altruísta, Nosso Senhor Jesus abdicou de sua posição soberana para se dedicar ao serviço em favor do próximo. Desceu posições até o mais baixo possível: Da glória celeste ao ventre de Maria, e daí à condição de filho subordinado ao homem, depois a funcionário de carpintaria, ao serviço de doze homens e das multidões, a réu no sinédrio, condenado de cruz, ao sepulcro, e às partes mais baixas da terra.
Este sentimento de Cristo deve permear o nosso coração. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8).
Lúcifer sucumbiu às riquezas que possuía.

(4) RIQUEZA. ...toda pedra preciosa era a tua cobertura...” (v. 13)
O dinheiro, o vil metal. Cujo amor é declarado pela Palavra de Deus como a raíz de toda espécie de males (1 Tm 6:10). Assim como sabedoria, beleza e posição, não é pecado possuir dinheiro, ao contrário, neste plano material, ele responde por tudo (Ec 10:19b). Mas no mesmo livro Salomão declara: “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda...” O dinheiro é o ídolo que tenta fazer frente ao Deus verdadeiro (Lc 16:13) (Eclesiastes 5:10). O dinheiro foi a perdição do apostolo Judas, tesoureiro do ministério de Jesus (Jo 12:6).
Muitos casamentos falem pela busca de mais dinheiro. Muitas famílias se destroem pela busca de mais dinheiro, muitas empresas quebram pela busca de mais dinheiro.
A busca pelo dinheiro não pode nos privar daquilo que é o melhor da vida: a família, os filhos, a contemplação. (Ec 2:24; 9:9).
As incontáveis riquezas que Lúcifer possuía corromperam seu coração.

4.     LIBERTOS DA VANGLÓRIA E DA AUTOPROMOÇÃO

Sim, o homem como nunca antes está de vangloriando e se auto promovendo. Você já teve a deprimente e constrangedora experiência de conversar com alguém que somente conta vantagem, que laureia seus próprios méritos e realizações? Nada pode ser tão pequeno. O homem piedoso e altruísta está sempre preocupado em celebrar as qualidades e conquistas alheias. “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Filipenses 2:3). Este cristão também não inveja e não se deixa levar por vanglórias de outrem para também se vangloriar. “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5:26).
Em nosso século midiático e refém das redes sociais as pessoas encontraram sua tão sonhada plataforma de autopromoção. Cada tolo pensamento “tem que ser publicado”. Publicidade é a palavra de ordem. Claro que não podemos negar que se constitui uma ferramenta extraordinária de evangelização e edificação; afinal, imagine o apóstolo Paulo de posse de instagram, facebook e whatsapp!
Há tantas coisas que não edificam, e o nosso compromisso cristão deve ser com a edificação, e não com tolices e futilidades.  “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Efésios 4:29). Ler também Efésios 5:3-4.
O piedoso e altruísta não exagera a publicidade em si, mas em sua fé. Em 1904, no maior reavivamento nacional da era moderna, no País de Gales, o maior nome do mover foi o jovem Evan Roberts de 23 anos, que se negava a estar em fotografias e entrevistas, temendo usurpar a glória de Deus como autor do avivamento. Em nossa era isso seria muito extremo, mas poderíamos, no mínimo ser menos personalistas e performáticos na publicidade. Nosso modelo como sempre é Jesus. “Mas Jesus, ... afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou. Advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade.” (Mateus 12:15-16 - VRA).
Os próprios irmãos de Jesus o instigavam para se tornar mais emblemático nas “redes sociais”, e ele não repudiou de todo a ideia, mas disse: “Ainda não é chegado o meu tempo” (Mateus 7:3-6). Não se promova porque todos o fazem, promova quando você estiver cheio da coisa certa, e no tempo certo para não ser mais um.

CONCLUSÃO

Eis a razão de nossa geração ser tão profana e irreligiosa. Os valores de Deus foram substituídos por valores humanistas. O livre curso da iniquidade esfriou a caridade no coração humano (Mt 24:12). O homem agora se ostenta e usurpa a posição de “centro do Universo”.
Mas nós, a Igreja, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus e para o supremo modelo de Cristo Jesus.
Nosso “EU” deve ser definitivamente crucificado para que vivamos plenamente a Vida de Cristo, em todo o seu poder, virtude e influência. Somente a Igreja, como comunidade altruísta, tem o poder de transformar esta sociedade ególatra, egocêntrica e egoísta. Vamos renovar nossas mentes e nos transformar para transformar nossos contextos.
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” (Mateus 16:24).

QUESTIONÁRIO

1.     DEFINA ALTRUÍSMO.
2.     EM QUE IMPLICA O VERDADEIRO CRISTIANISMO?
3.     COMO JESUS SE POSICIONOU EM RELAÇÃO À SUA PUBLICIDADE?
4.     CITE AS QUATRO ORIGENS DA INIQUIDADE.
5.     PARA QUEM DEVEMOS FAZER E NOS APRESENTAR? JUSTIFIQUE.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O MISTÉRIO DA PIEDADE



TEXTO ÁUREO
E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” (1 Timóteo 3:16)

VERDADE APLICADA
A verdadeira piedade está e emana única e exclusivamente na Pessoa de Jesus Cristo.

ESCRITURA BASE
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido...
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
(Mateus 5:1-18, 48)

INTRODUÇÃO

         A saga da Vinda de Cristo à Terra é a expressão máxima da piedade, pois revela o coração do próprio Deus, de onde emana a verdadeira piedade.
Jesus Cristo personificou o conceito de piedade, sendo Ele mesmo o Deus-Homem. Ele nos revelou o coração piedoso de Deus, o Pai, em suas atitudes e palavras, demonstrando ao mundo um novo, maravilhoso e único estilo de vida que deve ser vivido pela humanidade. Sim, PIEDADE pode, dentre outras definições, ser conceituada como “O ESTILO DE VIDA DIVINO”, que foi tornado possível para o homem pela obra do Espírito de Deus que habita todo aquele que reconhece e crê em Jesus Cristo como Seu Salvador e Senhor de suas vidas. Isto é um legítimo “cristão”, a nova e definitiva expressão da verdadeira piedade.
         Nesta lição, analisaremos aquele que pode ser considerado o texto áureo da piedade. O texto paulino de 1 Timóteo 3:16, que disseca a essência da piedade na trajetória gloriosa do Cristo, Jesus.

1.     MANIFESTADO NA CARNE

Este é talvez o maior dos mistérios ocultados no A.T. e aos santos da Antiga Aliança (Cl 1:26-27), a encarnação do próprio Deus, a Palavra criadora do Universo manifestada em carne. O célebre filósofo grego Heráclito, expôs o conceito do “LOGOS”, no qual em síntese, ele atribui todas as coisas existentes a uma fonte subjetiva e abstrata chamada “A PALAVRA” (logos em grego). Este conceito era prevalecente no pensamento antigo na época de Jesus. E foi João, que ao escrever seu evangelho propaga a “bombástica” notícia: “kai o logoV sarx egeneto kai eskhnwsen en hmin kai eqeasameqa thn doxan autou doxan wV monogenouV para patroV plhrhV caritoV kai alhqeia” (João 1.14 - grego). “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (português). Aqui, o íntimo discípulo de Jesus, João, está declarando que, de fato, o LOGOS é DEUS, e que este enigmático “logos” de Heráclito se fez homem na Pessoa de Jesus Cristo. Na eternidade a nomenclatura da Santa Trindade é: O Pai, A Palavra e o Espírito (1 Jo 5:7), mas aqui, no tempo e no espaço-matéria, se tornou: O Pai, O Filho e O Espírito Santo (Mt 28:19; 2 Co 13:13).
Esta é parte crucial do Mistério da Piedade, a Encarnação do Verbo, Deus feito homem. JESUS CRISTO.

2.     JUSTIFICADO EM ESPÍRITO

A maior manifestação da piedade divina foi a obra da JUSTIFICAÇÃO. Em termos legais, o homem estava irreversivelmente condenado ao inferno, pois em Adão, todos pecaram; cada homem e mulher na face da terra nascem sob a maldição do Pecado (Rm 3:23; 5:12-14; 6:23a). Deus então, através da obra de Jesus Cristo na cruz, decidi não nos imputar Pecado, ou seja, Ele absolve todo aquele que crê e vive para Jesus Cristo. Somos justificados quando simplesmente cremos em Jesus (Rm 5:1).
Mas a maior manifestação da piedade de Deus, não reside no fato de termos sido justificados, mas na necessidade de justificar Jesus. Sim, em 1 Timóteo 3:16 a Bíblia diz que Jesus foi justificado em espírito. Mas porque o único Homem integralmente justo que já nasceu, precisaria ser justificado? Eis o mistério da piedade: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5:21). O que significa isso? Deus “transferiu” toda a perfeita justiça de Jesus Cristo para nossa conta, e revelou sua piedade “transferindo” toda injustiça de cada homem pecador para a conta de Jesus Cristo. Assim, Jesus foi feito pecador na cruz e precisou ser justificado no espírito. A morte por um momento teve legalidade (Rm 6:23a) “aprisionou” Jesus por causa do Pecado, o que fica evidenciado pelas palavras do apóstolo Pedro: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.” (Atos 2:24). Jesus também, por causa do Pecado, esteve, por um momento, sujeito ao inferno. Pelo que diz também Pedro em seu sermão, fazendo menção às palavras do Salmo 16:10: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção.” (Atos 2:27). Note que o termo: “não deixarás minha alma no inferno”, faz uma alusão a que Jesus foi submetido ao inferno, mas que não foi deixado lá, pois em sua alma/espírito foi justificado, para por sua ressurreição nos justificar: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Romanos 4:25). Jesus morreu e recebeu condenação no seu corpo (1 Pe 2:24), mas o seu espírito foi vivificado (1 Pe 3:18); uma ressurreição perfeita e irreversível! Isto é o Mistério da Piedade.

3.     VISTO DOS ANJOS

Não sabemos ao certo que classes de anjos tinham acesso à Santa Trindade na eternidade, mas o Homem Jesus jamais foi visto no céu, pois Ele preexistia, como já dissemos, como “A PALAVRA”. Na verdade, podemos entender que Jesus Cristo e sua Obra redentora estavam ocultos ao extraordinário conhecimento dos sábios anjos, e somente foi revelado através do ministério da Igreja. “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.
(Efésios 3:10)
Parte deste “Mistério da Piedade”, é que Jesus Cristo foi VISTO DOS ANJOS. Sim, mas quando isto aconteceu?
Jesus Cristo foi visto pelos anjos após ser manifestado na carne e justificado em espírito, ou seja, quando o Senhor concluiu sua obra no mundo inferior (Efésios 4:8-10; 1 Pedro 3:19), Ele subiu ao céu dos céus com o sangue da perfeita expiação para oferecer diante de Deus Pai no verdadeiro Tabernáculo (Hebreus 8:1-2; 9:11-14). Foi neste momento, no céu, ainda um pouco antes de sua ressurreição ao terceiro dia, que Jesus entrou triunfantemente no Tabernáculo celestial e foi visto pelos anjos. E pela primeira vez, carne e sangue entram no Santo Monte de Deus, o lugar mais restrito do universo (Salmos 24:3-5). De forma poética e profética, o salmista narra a experiência dos anjos em ver JESUS CRISTO: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.” (Salmos 24:7-10).

4.     CRIDO NO MUNDO

Para que o Mistério da Piedade se fizesse revelado, era necessário que Deus concedesse ao homem um poderoso elemento de iluminação: A FÉ. Após sua ressurreição a mensagem do Evangelho estava completa (ENCARNAÇÃO, EXPIAÇÃO, RESSURREIÇÃO e GLORIFICAÇÃO), e agora, o mundo teria Alguém e algo completo para crer e ter desvendado o grande mistério. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). O Mistério da Piedade é Salvação de todo ser humano que crê, judeu ou gentio. “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto. (Efésios 2:14-17). Os anjos não precisam de fé, pois eles vêem o invisível, mas a fé é um produto gerado especificamente para homem, que não tem acesso pleno ao invisível (Hebreus 11:1). Os incrédulos estão em estado de total cegueira espiritual (2 Coríntios 4:3-4) e condenados (Marcos 16:16) sem a mensagem do Evangelho. O mundo só pode conhecer o Mistério da Piedade através da pregação do Evangelho. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” (Romanos 10:13-15). Por causa da pregação JESUS FOI CRIDO NO MUNDO, tornando o cristianismo o maior grupo religioso do planeta.  

5.     RECEBIDO ACIMA NA GLÓRIA

Após sua ressurreição Jesus esteve aqui ainda quarenta dias com cerca de quinhentos discípulos “recapitulando” os ensinos do Reino de Deus (1 Coríntios 15:3-8). Depois disso, começou sua ascensão: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” (Atos 1:1-2, 9).
Jesus subiu de volta ao Pai para completar O MISTÉRIO DA PIEDADE, pois agora, Ele seria o Nosso Eterno Sumo Sacerdote (Hebreus 4:15), e seu Nome foi elevado sobre todo nome no céu, na terra e debaixo da terra (Filipenses 2:9-11).
Jesus não somente foi recebido no céu, Ele foi recebido NA GLÓRIA. Ele foi recebido com O REI DOS REIS e se assentou no Trono da Majestade à Direita de Deus Pai (Marcos 16: 19; Hebreus 1:3; 8:1). O MISTÉRIO DA PIEDADE está completo. Aleluia!

CONCLUSÃO

É assim que começa a “saga da piedade Divina”. Com uma trajetória que se tornou mensagem e estilo de vida. O Verbo que se fez carne, que foi justificado em espírito, que foi visto pelos anjos, que foi crido no mundo e que foi recebido em cima, na Glória. Agora, cônscios desta mensagem, podemos viver a plenitude desta piedade de Deus em nós. Não é mais um mistério, pois... 

...coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” (1 Coríntios 2:9-12).

Por Enéas Ribeiro